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43ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA

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Bia Lessa e Dany Roland, diretores de “Então Morri”
26 de Outubro de 2016
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“Temos que criar caminhos no nosso percurso artístico que nos obriguem a fazer outras coisas”

Há 20 anos, quando filmava em Alcântara, no interior do Maranhão, Bia Lessa e Dany Roland presenciaram o nascimento de uma criança que foi dada para a adoção. A cena é o fim (e o princípio) de Então Morri, que utiliza imagens reais feitas em diversas partes do Brasil para contar ficcionalmente a vida de uma mulher do nascimento à morte.

Depois de anos editando o material, Bia recebeu uma mensagem no Facebook. Patrícia, a bebê nascida 19 anos antes, queria saber o que tinha acontecido com as imagens. “Foi uma coisa muito poderosa para a gente e justificou esses 19 anos de maturação. O tempo do filme foi esse e tinha que ser agora”, conta a diretora. Como se não houvesse coincidências suficientes, o filme estreou no Rio de Janeiro no dia do aniversário de Patrícia.

Como surgiu o filme?
Daniel: O filme é o resultado e a continuação da nossa primeira experiência no cinema com o documentário Crede-mi (1997). Fomos para o Ceará fazer oficinas de teatro e cinema e gravamos esses momentos e os acontecimentos dessas cidades. Percebemos durante esse registro que as cenas da vida real eram muito mais ricas que as cenas manipuladas com os atores. Então Morri é uma radicalização dessa experiência.
Bia: Viemos do teatro e estamos muito acostumados com a representação. Tivemos essa vontade de pensar o homem a partir dele mesmo. Era um desejo de olhar novamente para a vida e ver o que estava acontecendo, como é de fato o homem, a dor, a angústia. Registramos do início até o fim os eventos que são importantes na vida e depois editamos como se fosse uma ficção. Isso foi feito há 20 anos e demoramos tanto tempo para fazer porque era muito material. Tivemos que abrir mão para ficar só o que precisava para construir essa história.

Como foi esse processo?
Daniel: As cenas foram filmadas no Ceará, no Maranhão, no Pará e na Bahia. Chegávamos na cidade e o que estivesse acontecendo, a gente ia. Não queríamos organizar nada, nem fazer pesquisa de personagens, era o que de fato a vida nos apresentava.
Bia: Foi um processo de muita emoção. E aconteceram coisas lindas, a vida aconteceu de encontro com o filme.

Deve ter sido sofrida a edição.
Bia: Muito. Eram 500 horas de material, então foi um trabalho imenso de olhar aquilo tudo e decidir quais eram os personagens. O cuidado era que o filme não virasse um tratado sociológico do Brasil porque assim ele perderia a humanidade e passava a ser um registro de um Brasil pobre, o que não era o caso. O filme mostra, na verdade, a sofisticação desse Brasil rural, mas extraordinário, que mistura o profano e o sagrado, que tem uma força inusitada, uma forma de falar genial, uma sabedoria, onde trágico e cômico estão unidos.

Como a experiência no teatro influenciou esse filme?
Bia: O teatro é o lugar da metáfora, então não me via fazendo ficção no cinema, porque o teatro é muito poderoso nesse sentido. Não poderia fazer cinema se não fosse esse desejo que o teatro me colocou de voltar para a vida. Temos que criar caminhos no nosso percurso artístico que nos obriguem a fazer outras coisas. Do ponto de vista estético, a vida é muito vanguardista, é sempre surpreendente.

O filme fala sobre a vida, mas o título remonta à morte. Por quê?
Bia: O título veio para mim muito naturalmente. Então Morri passa a sensação de que antes da morte houveram muitas coisas. A ideia era fazer da morte algo que é natural da vida, sem sacralizá-la. Ela faz parte, não é trágica. Comecei editando do nascimento para a morte, mas em determinado momento, inverti esse caminho. Acredito que a sensação de que estamos mais perto do fim é também a sensação de que estamos perto do começo. A vida é circular.

Juliana Deodoro
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