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43ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA

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HOMENAGENS - 40ª Mostra


MARCO BELLOCCHIO | WILLIAM FRIEDKIN | ANTONIO PITANGA | ANDRZEJ WAJDA


ANDRZEJ WAJDA


Prêmio Humanidade

Há mais de seis décadas, Andrzej Wajda é sinônimo de cinema polonês. Vencedor de uma Palma de Ouro, um César e um Oscar, Wajda foi homenageado pela Academia americana com um prêmio pelo conjunto da obra em 2000. Único cineasta da Europa Oriental a receber tal honra, ele também foi premiado pela sua carreira no Festival de Berlim em 2006.

Nascido em uma cidade pequena, numa família de militares, Wajda escolheu como objetivo retratar as transformações históricas da Polônia. A Segunda Guerra Mundial tirou a vida de seu pai, tragicamente assassinado em Katyń pelo Exército soviético. Jovem demais para combater, com 13 anos de idade Wajda se alistou como mensageiro no Armia Krajowa, o Exército de livre resistência polonesa. Anos depois, captou a selvageria da guerra em sua trilogia de filmes Geração (1954), Kanal (1956) e Cinzas e Diamantes (1958). Kanal desfez o mito romântico da resistência e espantou poloneses com seu forte retrato do Levante de Varsóvia de 1944. Os canais de esgoto da cidade, por meio dos quais os combatentes escaparam, eram terrivelmente claustrofóbicos. Wajda acreditava que, mesmo os canais construídos pela equipe do filme sendo falsos, seu cinema deveria transmitir o terror em sua forma real.

Jerzy Lipman, que também trabalhou com Roman Polanski e Andrzej Munk, foi responsável pela impressionante fotografia em preto e branco de Kanal. O longa ganhou reconhecimento em Cannes por suas imagens expressionistas, que ecoavam o Inferno, de Dante Alighieri. Em seguida, surgiram as obras-primas de Wajda que abordaram o período stalinista: Cinzas e Diamantes e O Homem de Mármore (1976). Embora inicialmente influenciado por Luis Buñuel e pelo neorrealismo italiano, em O Homem de Mármore sua antiga admiração por Orson Welles ocupa lugar de destaque. Como em Cidadão Kane (1941), O Homem de Mármore gira em torno de uma série de revelações contraditórias sobre o personagem principal: um herói da classe trabalhadora, celebrado pela propaganda estatal, mas posteriormente manipulado e, finalmente, colocado em descrédito.

Wajda muitas vezes brinca que dirigir filmes é como ser “um poeta e também um general”. De fato, sendo ex-aluno da Academia de Belas Artes de Cracóvia, optou pelo cinema para dirigir outros. Assim, sua paixão pelas artes plásticas estimula seu trabalho. Cinzas (1965), Paisagem Após a Batalha (1970), O Casamento (1972) e As Senhoritas de Wilko (1979) possuem qualidades pictóricas únicas. Para ressaltar a afinidade de Wajda com a arte, a Mostra também apresenta Wróblewski Segundo Wajda (2015), um documentário dedicado ao pintor modernista polonês Andrzej Wróblewski. Na mesma medida, Terra Prometida (1974), baseado no romance do vencedor do prêmio Nobel Stanisław Żeromski, é um excelente exemplo de como Wajda adapta literatura, tornando-a contemporânea. De forma similar, O Casamento, com seu movimento de câmera vertiginoso, tem a pulsação de uma rave da atualidade.

Inquieto, Wajda também flertou com a Nouvelle Vague. Quando o ainda desconhecido Jerzy Skolimowski ouviu Wajda dizer que gostaria de um novo roteiro, vangloriou-se dizendo que poderia escrevê-lo. Wajda aceitou a oferta. O filme se tornou Os Inocentes Charmosos (1960), até hoje conhecido por seu tom jazzístico e diálogos cheios de vida e desconexos. Tudo à Venda (1968), que veio a seguir, causou certa polêmica de Wajda com seus colegas mais jovens. O mais pessoal de todos os seus filmes foi inspirado por um impasse cinematográfico de Wajda e pela trágica morte do ator Zbigniew Cybulski. O “James Dean polonês”, como era conhecido Cybulski, transmitiu sua energia contemporânea a dramas históricos como Cinzas e Diamantes.

Kanal e Cinzas e Diamantes foram realizados durante o degelo político de 1956, quando o abrandamento da censura proporcionou mais liberdade aos cineastas. Com O Homem de Mármore, Wajda esperou 14 anos para que o Estado aprovasse o roteiro. Os anos seguintes foram conturbados. Sem Anestesia (1978), sobre um repórter censurado e demitido de seu trabalho, foi filmado após as greves das fábricas e a violenta reação militar. O Homem de Ferro (1981), realizado durante o verão do Solidariedade em 1980, contém imagens de arquivo dos estaleiros de Gdansk, onde Lech Wałęsa, o futuro presidente da Polônia, ganhou destaque pela primeira vez. O filme foi premiado com a Palma de Ouro em Cannes e foi visto por milhões de poloneses.

O golpe militar em dezembro de 1981 obrigou vários cineastas poloneses, incluindo Wajda, a emigrar. Danton - O Processo da Revolução (1982), realizado na França, com Gerard Depardieu, aborda muito mais a fracassada revolta dos trabalhadores da Polônia do que a Revolução Francesa. Os Possessos (1988), baseado no romance de Dostoiévski, ao qual Wajda voltou inúmeras vezes em sua carreira, fala de maneira pungente sobre como o poder e a política corrompem.

Walesa, filmado em 2013 na Polônia redemocratizada, mais de duas décadas após a queda do Muro de Berlim, em 1989, foi uma rara oportunidade para Wajda coroar sua trilogia. Com este filme, ele realizou seu sonho de fazer o que chama de “cinema provincial”, que produz imagens tão poderosas que nem a censura, a barreira do idioma ou muros podem detê-las.


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