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Repescagem da Mostra termina com ‘Lavoura Arcaica’, refugiados, Luiz Fernando Carvalho e Raduan Nassar
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11 de Novembro de 2016
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Repescagem da Mostra termina com ‘Lavoura Arcaica’, refugiados, Luiz Fernando Carvalho e Raduan Nassar

Depois de ser eleito pelo público o melhor longa-metragem brasileiro da 25ª Mostra em 2001, Lavoura Arcaica voltou a ser apresentado no evento. O trabalho de Luiz Fernando Carvalho foi escolhido para encerrar a repescagem da 40ª edição, nesta quarta-feira (9) no CineSesc, em uma noite que teve, além da exibição do filme, um bate-papo com o diretor e a presença de Raduan Nassar, autor do livro homônimo que inspirou a obra.

“Esse é o nosso segundo encerramento. Tivemos o primeiro no Ibirapuera e estamos aqui hoje, recebendo esse presentão que é ver Lavoura Arcaica, um filme mítico”, disse Renata de Almeida, diretora da Mostra, ao abrir a sessão ao lado da produtora Raquel Couto, que chamou os atores Leonardo Medeiros e Mônica Nassif.

Medeiros deu um depoimento emocionado sobre sua participação na produção, que completou 15 anos: “foi um processo de catarse pessoal muito forte, que mudou minha vida como ator e me construiu como artista”. Minutos antes de começar a projeção, Raquel passou a palavra para Hadi Bakkour e Tülin Hashemi, refugiados sírios, e “dois novos amigos do Lavoura”.

“Como vocês devem saber, eu não sou o Luiz Fernando Carvalho”, iniciou Bakkour, em árabe —Tülin fez a tradução da fala do colega para o português. “Meu nome é Hadi Bakkour. Sou um refugiado sírio da guerra em Aleppo. Quinze anos atrás, Lavoura Arcaica foi exibido na Mostra. Hoje, é com muita honra que estou aqui para representar o diretor nesta homenagem ao seu filme. Entre as inúmeras reflexões que o Lavoura propõe, podemos entendê-lo como uma grande metáfora política, expondo a luta entre opressores versus oprimidos, a tradição versus a liberdade individual. O extermínio das liberdades, sejam elas individuais ou coletivas, nos levam às guerras, gerando milhares de excluídos no mundo todo. Eu, neste momento, represento cada um deles, mas represento também a utopia por um mundo melhor, mais belo e justo para todos. Gostaria de agradecer a presença de vocês e desejar um bom filme”.

Após duas horas e quarenta e cinco minutos de imersão na história de uma tradicional família de imigrantes libaneses no interior do país, o jornalista Ubiratan Brasil levou Luiz Fernando Carvalho à frente da sala para iniciar o debate. “Qual é a sensação de voltar a esse transe?”, foi a primeira pergunta ao diretor.

“Ainda tenho dificuldade de ver o filme porque o nascimento dele foi fruto de uma crise profissional minha com a televisão. A Raquel Couto insistiu para que eu lesse o Lavoura. Li em uma tacada só aquele poema, que representou muito fortemente todas as ânsias em relação à minha crise. E a resposta que dei a ela [à crise] foi o filme”, relatou.

Carvalho seguiu contando detalhes sobre o processo de filmagem, que, segundo ele, foi bastante improvisado. “Não houve um storyboard, um roteiro, foi tudo um improviso. Assim eu senti a prosa do Raduan. Há um transe nessa prosa. E uma autorreflexão depois sobre esse transe. A organização desses acontecimentos, para mim, é a montagem, a edição. Muitas vezes, eu começava a filmar sem que os atores soubessem que eu estava filmando. Foi um processo da fazenda, onde estivemos retirados [por quatro meses] só trabalhando o texto. Nosso cotidiano lá era feito de grandes sessões de improvisações sobre o livro, pois todo mundo o tinha na cabeça, já tínhamos feito leituras dele. Além disso, tinha o trabalho na lavoura, os exercícios na terra, como plantar e semear, aulas de árabe e de culinária árabe”.

O diretor falou, ainda, sobre a parceria com Walter Carvalho, fotógrafo do filme. “Ele esteve dentro do processo como todo mundo, também ficou na fazenda, foi estimulado e conduzido para essa leitura. Não há diferença entre fotógrafo, atriz, contrarregra, quem é protagonista, quem não é. É fundamental que tudo isso se misture muito. [Andrei] Tarkóvski dizia que o cinema só é possível quando o mesmo sangue passa por todos os corpos”, contou.

Ubiratan questionou Carvalho sobre a adaptação do texto de Nassar à tela. “As pessoas têm a sensação de que fui muito fiel ao livro, mas não fui tão fiel assim. Há uma grande liberdade na ordem dos capítulos em relação ao filme. Na verdade, não acredito no termo adaptação, acho um rebaixamento. Acredito numa espécie de reação criativa que você tem à leitura”, respondeu.

Luiz Fernando Carvalho ainda comentou a participação dos refugiados sírios na introdução da sessão e de que maneira vê a questão política dentro do seu filme. “Fiz questão de que o filme fosse aberto por dois refugiados. Eu os convidei porque acho que o filme trabalha a metáfora política de uma forma clara. Mostra a eterna luta entre as leis, as opressões, as tradições, os poderes, as instituições, os poderes das instituições, na figura do pai, e os excluídos, sejam eles povos, figuras individuais, filhos, operários, mendigos, sem-teto, mulheres, trans, adolescentes. Ou seja, nosso planeta é povoado por um bando de excluídos, de famintos. Sim, é uma prosa poética, sim, tem poesia, mas o filme também trabalha em um subsolo sob a questão dos excluídos e dos famintos. Enfim, o ato poético dele é um ato político”.

Ana Elisa Faria

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