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Marco Bellocchio recebe Prêmio Leon Cakoff e ministra masterclass na 40ª Mostra
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25 de Outubro de 2016
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Marco Bellocchio recebe Prêmio Leon Cakoff e ministra masterclass na 40ª Mostra

Após a exibição de seu mais recente trabalho, Belos Sonhos, em sessão lotada no Cinesesc neste domingo (23), o cineasta Marco Bellocchio foi apresentado por Renata de Almeida. “Essa é uma tarde muito especial, com a presença do nosso homenageado, que é a cara da Mostra desse ano”, disse sobre o diretor, que além de assinar a arte do pôster dessa 40ª edição também está presente com uma retrospectiva de alguns de seus mais importantes filmes. “Um cineasta que já é um mestre do cinema, mas ainda muito ativo, com muitos planos e projetos”, concluiu Renata, antes de lhe entregar o troféu Leon Cakoff.

Nome determinante da história do cinema nos últimos 50 anos, Bellocchio chega aos seu mais de meio século de carreira com uma das mais emblemáticas e decisivas filmografias da Itália e na plenitude do vigor estético e discursivo. Bellocchio surgiu na ebulição do cinema político italiano dos anos 1960 e 1970, na urgência de retratar um mundo em transformação, questionando a sociedade burguesa e católica de seu país.

“No Centro Sperimentale di Cinematografia, eu conheci Paulo Cesar Saraceni, Gustavo Dahl e Glauber Rocha, então tenho uma lembrança especial do Brasil, do Cinema Novo, que foi muito importante na minha formação, mas essa não é uma lembrança saudosista”, falou Bellocchio. “Estou muito feliz de receber esse prêmio.”, concluiu, antes de começar sua masterclass, mediada por Luiz Zanin e que abordou algumas das questões abaixo.


O processo de criação

“Nos anos 60, nós achávamos que podíamos mudar o mundo, o que foi algo que poucos de fato fizeram, pois exigia uma ação mais pragmática. Mas também havia em nós uma tendência e a vontade de mudar a imagem”. Nessa época, a influência da Nouvelle Vague e a relação com os cineastas do Cinema Novo foi um ponto de partida. “A mensagem política era para nós naquela época uma obrigação moral, mas esses cineastas produziram alguns filmes que podiam mudar a imagem. Depois eu percebi que o ponto de partida é sempre a imagem, e que aos poucos vou descobrindo as outras coisas”. Para Bellocchio, mesmo em filmes muito pessoais como Bom Dia, Noite ou em Belos Sonhos, que nascem de pedidos de produtores, essa máxima se aplica. “O que vale não é tanto a história dos fatos, mas a possibilidade de imagens interessantes”.


A realização de “Belos Sonhos”

“Belos Sonhos é um filme em que o processo começou no livro. O trabalho para fazer todas essas cenas precisou de umas dez versões, mas para esse filme foi algo necessário”. Segundo Bellocchio, a narrativa “sobre um homem que tenta sair de uma relação com uma mulher que não o deixa ver a realidade” acabou sendo fiel ao livro. As dez semanas de filmagem que passaram por lugares como Parma, Torino, Bósnia e que exigiu a reconstrução da casa de infância do jornalista e escritor Massimo Gramellini em um teatro, acabaram se transformando em um complexo trabalho na ilha de edição. “A montagem nos obrigou a reduzir o tempo do filme, e esse foi o trabalho mais duro, pois precisávamos dizer tudo dos três tempos da estrutura do filme”.


Relação com imagens nos filmes

“Antes de decidir ser diretor eu estava disposto a ser pintor, pela proximidade com as imagens”, disse e se valeu de sua arte para o pôster da Mostra como exemplo. “Esse cartaz junta três desenhos de momentos diferentes; a formação das imagens é algo muito complexo”. Perguntado sobre a famosa cena do hospital militar em Vencer, onde um filme é projetado nas paredes do lugar, Bellocchio refletiu: “pensamos nas imagens como um fato, e no caso dessa cena do filme há uma síntese temporal; tínhamos a projeção de uma versão muda italiana de A Paixão de Cristo e isso tem uma relação com a realidade histórica, pois nessa época, principalmente em hospitais de guerra, exibiam filmes para diminuir a dor dos feridos”.


Uso de imagens de arquivo

“Esse processo de contaminação pelas imagens de arquivo é algo que foi aumentando nos últimos filmes. Usei pela primeira vez em Bom Dia, Noite, em que os sequestradores de Aldo Moro se relacionam com o mundo externo através da televisão”. Em Belos Sonhos, a televisão toma outro papel e importância. “Assistir televisão era algo sagrado, algo a que se dedicava algumas horas por dia, e usamos a imagem da adaptação do Belfagor [imagem da adaptação do conto de Maquiavel para televisão que aparece constantemente no filme] para dizer algo sobre o que ele temia”. Já em Vencer, Bellocchio parte da ideia de falar sobre a juventude de Mussolini, e recorre as imagens de arquivo para solucionar um problema. “Era difícil mostrar sua escalada ao poder, e decidimos então usar imagens dele depois que isso ocorre”, disse. “Não tem nada de pré-organizado, o que temos é a forte ligação do personagens com as imagens, e nos valemos de imagens pré-existentes para dizer algo da interioridade deles”.


Relação com a história

“Eu amo muito a história, mas parece que os jovens não se importam; na história você entende muitas coisas”. Questionando se em seu mais recente filme ele abandona o interesse pela história, o cineasta italiano considerou: “em Belos Sonhos, usamos a história para descrever a relação dos personagens; o filme tenta entender esses personagens com a história como pano de fundo, através da Operação Mãos Limpas e da Guerra de Sarajevo, por exemplo. Mas o primeiro interesse era estar próximo dos personagens”.

Felipe Mendonça Moraes

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